segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Festival Internacional de Televisão discute os rumos da produção independente no Brasil



Da Redação - Tela Viva News - Eventos sexta-feira, 9 de novembro de 2012, 22h07

Nesta sexta-feira, 6, a produção independente foi o tema principal do 8º Festival Internacional de Televisão. Em um encontro que contou com a presença de Luis Antonio Silveira, da Conspiração Filmes, e o assessor de diretoria da Ancine Roberto Gonçalves de Lima, os profissionais analisaram o mercado de produção independente nos dias de hoje, além de projetar um cenário favorável para ele com a Lei 12.485/2011.

Segundo Silveira, ao contrário do que muitos pensam, "a produção independente vai até a página 2". "Uma produtora independente precisa de uma emissora, e precisa ser parceira dela", explicou, afirmando que para trabalhar na TV se faz necessário estar em sintonia com os parâmetros e as regras dos canais. O profissional também pontuou que na indústria recente é fundamental estar investindo em desenvolvimento de projetos e que, com a Lei 12.485, muitas produtoras já estavam se preparando para este momento. "Tem que estar desenvolvendo o tempo inteiro, atendendo seu parceiro mas sem perder sua identidade", afirmou.

Para dar continuidade ao painel, Gonçalves apresentou informações sobre a lei, como seus principais aspectos e exigências. O profissional também comentou sobre o Fundo Setorial do Audiovisual - mecanismo de fomento que utiliza recursos de arrecadação da Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine) para promover produções independentes e sua exibição.

E, comentando sobre o aumento dos assinantes oriundos da classe C, ambos os profissionais concordaram que a Lei 12.485, mesmo impondo restrições e cotas, é boa também para os canais. "O brasileiro gosta de ver TV, e gosta de ver conteúdo na sua língua, na sua realidade e no seu país. A maior prova disso é o sucesso de audiência da TV aberta", afirma SIlveira. Desta maneira, a nova lei trará audiência para os canais, prevê Silveira, complementando que o maior desafio dos produtores hoje é fazer um produto que atenda todas as classes, e não somente a C.

Prezadas e Prezados, tragam mas informações de que tem lido ou ouvido falar, dêem sua visão sobre o momento e suas expectativas profissionais.

12 comentários:

  1. O Fundo Setorial do Audiovisual também possui linhas de ações que não a televisão. Porém, na notícia acima, trata-se sobre a relação de se conseguir recursos para se produzir para essa mídia televisiva, especificamente. Acredito que com esse recurso financeiro em vista, os produtores audiovisuais, ou melhor, as microempresas produtoras de filmes e afins, podem correr o risco de perder investimento para produtoras de pessoas mais conhecidas, como a da Regina Casé, Selton Mello, por exemplo. Acredito que todos devem ter seu lugar e oportunidade de produzir. Teremos que ficar atentos e se caso algo ande para o caminho inadequado, e se andar, temos que fiscalizar e buscar direitos! Nós, produtores menores ainda que essas microempresas produtoras, teremos tentar inserir nesse meio ou montar nossa própria produtora – coisa que eu, particularmente, sou receosa para fazer. Espero que essa demanda por produções locais faça que o cinema brasileiro seja reconhecido e apreciado pela população brasileira. Assim, com o valor dado às nossas próprias obras audiovisuais, esse reconhecimento possa também vir à tona fora do Brasil.

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  2. Estamos vivendo uma epoca em que as classes se fundem, estão mais homogenias, isso nos da uma oportunidade de falar e desenvolver projetos que podemos em globar assuntos diversos que abordem a atualidade. E tudo isso pelo acesso a informação e pelo crescimento dos meios. Com a nova lei, criase oportunidades, o grande desafio, como comenta a reportafem é o que se vai produzir de interessante, de inovador para estas tvs. Estamos em uma era de crescimento e desenvolvimento tecnologico, onde a distribuiçao e meios de exibição estão buscando produtos novos. Precisamos estar atentos e aproveitar essa faze.

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  3. Acredito que estamos num momento de mudança, em que o meio audiovisual irá se transformar. O advento do curso superior em cinema chegou e, logo, ele será uma referência a mais na hora de contratar um profissional. O mercado nunca foi tão propício para o surgimento de novas profissões, novas vagas de emprego e melhores salários. Isso se dá pela inovação da tecnologia e, também, da demanda que a própria sociedade impõe ao meio audiovisual, uma vez que seus níveis de educação subiram. Com a geração Y, as pessoas são capazes de interagir com a tecnologia e querem cada vez mais. Sem falar no transmídia, que já é a principal idéia almejada pelos novos ingressantes do mercado de trabalho.

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  4. Com a nova lei, teremos 1h10m de programas nacionais por dia a partir de setembro e 3h30m em 2015 em todos os pacotes de TV por assinatura, que deverão oferecer um canal brasileiro na proporção de 1:3, ou seja: 1 canal brasileiro para cada três estrangeiros. Isto acarretará uma produção anual de mil horas de conteúdo audiovisual brasileiro inédito. Levando se em conta a quantidade de emissoras de TV no país é fácil perceber que haverá uma necessidade maior de mão- de- obra qualificada para atender esta demanda, estimulando os negócios e a geração de empregos no setor.

    Eu li que após a publicação das últimas instruções normativas da Lei 12.485/2011,
    produtoras independentes comemoraram o novo marco regulatório do setor. O próprio diretor Fernando Meirelles em entrevista ao jornal Folha de São Paulo se mostrou muito entusiasmado com a nova lei. Ele tem uma produtora e já tem pedidos de emissoras de TV a cabo para a compra de conteúdo. E vamos além: a TV Globo já encomenda programas de produtoras independentes, como a de Daniel Filho e o Grupo Bandeirantes tem planos de lançar um novo canal, totalmente dedicada às artes, que já deve entrar no ar atendendo às exigências da nova lei. Como estudante de cinema e audiovisual eu espero contribuir acima de tudo em Belo Horizonte, pois temos potencial artístico para fazer bons trabalhos, porém a produção local de dramaturgia, por exemplo, inexiste.

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  5. Atualmente a classe C é a maior e a que mais cresce no país. A nova lei permite assim que mais pessoas sejam atingidas e tenham a possibilidade de se beneficiar dela. No que se relaciona aos projetos independentes, podemos dizer que eles agora têm, além da possibilidade dos projetos de lei de incentivo, mais oportunidades de parcerias com as produtoras e estas com as emissoras, de modo que todos e se relacionam nesse processo, sendo igualmente importantes.

    Quanto à produção para televisão, a dificuldade dos produtores será trazer produtos de qualidade, que conquistem o público brasileiro, uma vez que a Tv aberta faz parte das nossas vidas e que damos grande importância à sua programação diária.

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  6. Débora Magalhães Rocha28 de novembro de 2012 às 14:01

    O site da Ancine afirma: (http://www.ancine.gov.br/nova-lei-da-tv-paga)
    "Um dos principais objetivos da lei é aumentar a produção e a circulação de conteúdo audiovisual brasileiro, diversificado e de qualidade, gerando emprego, renda, royalties, mais profissionalismo e o fortalecimento da cultura nacional(...)Inicia-se assim a construção de uma cultura regulatória do setor audiovisual que seja benéfica para o desenvolvimento do mercado e, ao mesmo tempo, seja capaz de induzir o crescimento da atividade de produção e programação brasileiras."
    Como dito nos comentários acima acho que estamos vivendo um período de transformação no audiovisual. Tudo está se popularizando mais. 1.070 horas anuais ainda é pouco e temos um longo caminho a percorrer ainda mais que a população brasileira consome TV, e quer ver um produto no qual ela se identifique. Acho importante para nós profissionais do audiovisual termos dado mais um passo ao nosso favor, mas não sou tão otimista assim que essa lei chegue aos inciantes atualmente. Ainda é algo utópico.As grandes produtoras vão dominar esse mercado e não abrirão portas .

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  7. Acredito na forma positiva como tais leis podem atingir a produção audiovisual no país. O incentivo a produção independente é extremamente necessário para gerar novas possibilidades para pequenas produtoras, que em meio a competição desleal com grandes corporações, que produzem em escala industrial, raramente uma produção de baixo orçamento (o que não quer dizer que é de baixo teor de conteúdo) se lance na grade de programação de forma efetiva.

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  8. entendo que essa lei venha com o objetivo de apresentar as produções nacionais para o publico brasileiro, e claro, para as pessoas que produzem esses produtos a lei é otima, mas como espectador (que não me interesso por produtos nacionais) acho essa lei muito invasiva e exagerada

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  9. Estamos vivendo um momento muito bom no mercado audiovisual. A tecnologia avança e tem proporcionado equipamentos de alta qualidade em um custo inferior ao passado. A internet, celulares, publicidade móvel e principalmente a transmídia entre os meios está proporcionando um volume maior de conteúdo. Isso tem gerado empregos, gerado novas produtoras e mais pessoas da área do audiovisual tem tomado coragem para largar seus empregos no banco e se aventurar no meio audiovisual. Isto tem sido ótimo também para geração de concorrência, o que ajuda a manter o nível sempre elevado e a busca por inovação a cada dia. Até mesmo a democratização do ensino está se tornando realidade no audivisual, a internet tem ajudado muito com isso. Mas me preocupa o conteúdo. A lei vai trazer a possibilidade de expandir este mercado mais ainda, mas hoje com o mercado que temos a geração de conteúdo ainda está fraca. Como o Bernardo(acima) falou, ele não se interessa por produtos nacionais. Tenho certeza que se os produtos nacionais tivessem mais conteúdo, ele se interessaria. Temos que focar mais em nossas referências, no estudo e na qualidade do que produzimos.

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  10. Tratando-se do tema "Produção Independente", não concordo com a afirmação de Silveira "Uma produtora independente precisa de uma emissora, e precisa ser parceira dela". Acompanho pelo youtube o trabalho de inúmeras produtoras indepentes, como o "Cifraclub", "Parafernalha", "Porta dos Fundos", "Scriptease",que fazem upload de conteúdo profissional diariamente, e se sustentam pelo próprio programa de parceria do Youtube, acessível a qualquer indivíduo desse planeta, que detenha um pingo de vontade e criatividade, e em seguida, após atingido certo reconhecimento, o apoio de patrocinadores permite a solidificação do trabalho.

    Não estou defendendo a qualidade desse material, mas esse é um formato que adquire seriedade e se solidifica a cada dia, e que pela minha avaliação alguns desses produtos são muito mais consistentes e sinceros do que muitos programas televisivos, pela maior liberdade expressiva que a internet oferece.

    Falando-se especificamente da produção independente para a televisão, eu sinceramente vejo que as empresas que hoje realizam seu conteúdo para internet, estão um passo a frente de se integrarem com a TV, pois detêm a iniciativa de começar sem recursos, ganhar reconhecimento e incentivo, avaliar a resposta do público, promover adaptações e se aperfeiçoar.

    Gabriel Delano

    Acho que é possível que eu tenha fugido um pouco do tema abordado…

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  11. A televisão está se fazendo cada vez mais acessível, principalmente com essa lei da ancine que fará com que os brasileiros tenham acesso a conteúdos da tv paga, banda larga e etc e para o nosso trabalho é fantástico tendo maiores possibilidades de disseminar nossos produtos audiovisuais.

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  12. Com essa lei, as possibilidades de crecimento no mercado audivisual, a um dislumbramento social, fico esperançoso por essa abertura e em questão socioeconomico e cultural, temos que sim mostrar a capacidade que o Brasil tem. E que o povo conheça o seu próprio País, nas lentes de outros produtores, e não só pelos que já existem.

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