segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Estudo revela mudança de comportamento no consumo de TV
A Ericsson divulgou nesta quarta-feira, 25, os resultados de um estudo realizado na China, Alemanha, Espanha, Suécia, Taiwan, Reino Unido e Estados Unidos, mercados que totalizam 300 milhões de consumidores. Segundo o levantamento, as pessoas estão ampliando seu conhecimento de novas tecnologias e passando até 35% de seu tempo livre assistindo a conteúdo de TV e vídeo. A pesquisa revela que 93% dos entrevistados ainda assistem à programação de TV linear pelo menos uma vez por semana, porém o principal destaque é que o papel da TV convencional está mudando com a presença de novos canais de distribuição. Mais de 70% dos consumidores pesquisados estão baixando ou assistindo à programação gravada de TV ou usando sistemas de streaming, enquanto 50% estão assistindo à TV e vídeo sob demanda via Internet semanalmente.
Conteúdo tailor made
Batizado "Multi Screen Media Consumption 2010", o estudo da Ericsson informa que o conteúdo transmitido ao vivo ainda é muito importante para o consumidor, porém a capacidade de decidir quando e como assistir TV deve ter impacto no papel de conteúdo programado ou linear das transmissoras. Serviços personalizados, fáceis de usar, de alta qualidade, sob demanda e sem propaganda são algumas demandas exigidas pelos consumidores de TV e vídeo. "O consumo está cada vez mais fragmentado e complexo. O consumidor está em busca de uma solução que ofereça liberdade para escolher o que quiser, quando quiser e do jeito que quiser. A experiência do usuário é mais importante do que a plataforma técnica", diz Jesper Rhode, Head de Inovação da Ericsson na América Latina.
Gastos
Os gastos do consumidor também devem mudar no futuro, segundo o estudo da Ericsson, com um grande aumento em gastos sob demanda, contanto que os requisitos de alta qualidade, facilidade de uso e acesso ao conteúdo certo sejam plenamente atendidos.
A pesquisa analisou ainda o comportamento do consumidor em relação aos tablets com tela sensível ao toque e como isso faz parte do seu consumo de TV. Aproximadamente 37% dos entrevistados demonstraram interesse em usá-los como controle remoto.
Prezadas e Prezados, o que, na opinião de vocês, muda (ou não) na produção audiovisual e de TV?
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Dramaturgia para jovens
O Ministério da Cultura anunciou os três pilotos escolhidos entre os oito projetos finalistas do FICTV/Mais Cultura (projeto que inspirou o Tidir do semestre passado), uma iniciativa do MinC, da TV Brasil e da Cinemateca Brasileira para o incentivo à produção de teledramaturgia nacional voltada a jovens das classes C, D e E.
"Natália", da Academia de Filmes, "Brilhante Futebol Clube", da Mixer, e "Vida de Estagiário", da Glaz Entretenimento, receberão R$ 2,6 milhões cada para o desenvolvimento de uma minissérie de 13 episódios de 26 minutos de duração. As minisséries devem ser concluídas no final de dezembro para exibição na TV Brasil.
Durante todo o processo de produção, os projetos terão oficinas de supervisão nas áreas de direção, casting e direção de produção - o mesmo assessoramento que receberam durante a etapa de seleçãom, que começou em março de 2009. Os oito finalistas receberam R$ 250 mil cada para o desenvolvimento de um piloto. Os episódios foram exibidos na TV Brasil de 8 a 16 de abril. Os oito episódios-piloto também foram submetidos à análise de perfomance (Screen Test) realizada pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas de Pernambuco (Ipespe).
Os resultados analíticos da pesquisa qualitativa serviram para perceber as reações do público pesquisado e, com base nelas, oferecer terreno para correções nos projetos.
Prezadas e Prezados, qual a opinião de vocês sobre os pitchings?
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Google anuncia sistema que vai levar internet à TV
Dentro das expectativas que pairavam no mercado há meses, o Google anunciou o sistema de TV na conferência de desenvolvedores I/O nesta quinta-feira (20), em San Francisco, nos EUA.
A ambição do Google mira um público espectador composto por 4 bilhões de pessoas, o que faz deste mercado o maior do mundo, com publicidade equivalente a US$ 70 bilhões anuais.
Segundo o blog de tecnologia Engadget, o Google disse que o "vídeo deve ser consumido na maior, melhor e mais brilhante tela na sua casa, que é a TV".
O sistema da plataforma de web para TV roda em sistema operacional Android. O Google anunciou que vai liberar ferramentas desenvolvedores "criarem suas próprias experiências". Na I/O, participam 3.000 programadores que trabalham com o sistema do Google.
Também foram confirmadas as parcerias com Sony (responsável pelo aparelho televisivo), Intel (processador Atom) e Logitech (o chamado box do sistema de TV-internet), conforme rumores que circulavam há meses.
Grosso modo, o sistema leva comandos da internet à programação televisiva --por exemplo, se o usuário faz uma busca pelo seriado "House", vai encontrar resultados tanto da televisão (canais FOX e USA nos Estados Unidos) e na internet (Fox, Hulu e Amazon, também tendo como parâmetro os EUA). Usuários também poderão gravar o conteúdo, por meio do sistema digital DVR.
"Para usuários, não importa de onde o conteúdo venha. Eles querem apenas que seja rápido e conveniente", disse o gerente de produto do Google, Rishi Chandra.
A tela inicial apresentada pelo Google dispõe todo o conteúdo favorito do usuário, assim como aplicativos --com parcerias da Amazon e da NetFlix, segundo o executivo do Google.
Na conferência, houve demonstração de personalização de conteúdos na televisão, a partir do exemplo de que o filho de Chandra gosta da série infantil Sesame Street (Vila Sésamo, na versão norte-americana). Com o Google TV, ele pode centrar o que vai assistir nos personagens favoritos, por intermédio do site oficial do seriado.Outra função simultânea apresentada pelo Google é voltada ao esporte: no exemplo, um jogo de basquete figura em uma tela secundária, enquanto o usuário navega pela tabela de resultados do Yahoo! no browser, em primeiro plano. "É apenas uma ferramenta simples", comentou Chandra.
No hardware, vêm embutidos conexão Wi-Fi, entrada para cabo existente (TV ou satélite) que é conectado à caixa de TV do Google via HDMI, unidade de processamento gráfico (para gráficos avançados de visualização na internet) e microprocessador para sinal digital (voltado para áudio e som).
O Google teve alguns problemas técnicos na demonstração do sistema no evento, e atribuiu isso ao sistema Bluetooth dos celulares ligados. Mesmo pedindo constantemente o desligamento dos aparelhos, o problema persistia.
"Vocês viram o potencial da computação em nuvem. Vocês viram a possibilidade de ir do servidor para o cliente --nesse caso, a televisão-- e vocês ainda podem programá-la, usando as poderosas ferramentas usamos todos os dias", disse Eric Schmidt, executivo-chefe do Google, que subiu ao palco no final da apresentação.