quinta-feira, 29 de abril de 2010

Divisão digital da Fox aposta em redes sociais



Da Redação do Tela Viva News - 28/04/2010

A plataforma digital da Fox, a .Fox Networks, aposta nas redes sociais. A empresa é representante exclusiva do Linkedin e do Facebook no Brasil e, segundo Marcelo Cataldi, diretor de publicidade para televisão e Internet da Fox, a demanda por estes produtos tem aumentado, pois este é assunto do momento no mercado publicitário. "É um mercado em evolução. O interesse é imenso, mas ainda há cautela", observa.

Entre os sites dos canais da Fox, Cataldi conta que o melhor produto em termos de audiência é o site do Bem Simples, apesar de o canal ainda não ser distribuído no Brasil. Outro produto que tem tido bom desempenho é o mundofox, site com conteúdo da programadora disponibilizado gratuitamente. "Há muita venda casada com a televisão", explica o executivo. Além de banners e comerciais, o mundofox deve em breve estrear um novo formato para os anunciantes: o brand channel, em que o ambiente de exibição de uma determinada série é customizado para um cliente.

Reposicionamento
O canal Bem Simples, aliás, só deve ser relançado no Brasil no começo de 2011. Isso porque o canal não conseguiu distribuição em 2010. Até lá, a Fox deve incluir parte da programação do Bem Simples na programação matinal do canal Fox Life, que está sendo reposicionado para atender justamente ao público de pessoas interessadas em bem estar, culinária e artesanato, além de manter as séries e realities já existentes no Fox Life
Prezados e Prezadas, dêem a sua opinião se vocês acreditam ser esse movimento permanente e qual será o impacto na indústria da produção audiovisual.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Um celular na mão e uma ideia na cabeça

Telefonia móvel e outras novas tecnologias estão ao nosso dispor. Como elas são usadas é a principal questão. Para o jovem, essa inovação é absorvida e manipulada com naturalidade. Será que os estabelecimentos de ensino já se deram conta disso - e será que estão sabendo aproveitar tanta modernidade a seu favor?

por Gustavo da Silva Barbosa - REP Educação e Terceiro Setor - 18/09/2009


O telefone celular sempre foi visto como vilão nas escolas. O aparelho ligado durante as aulas pode atrapalhar o trabalho do educador e ser motivo de distração para os alunos. Para piorar essa fama negativa, a internet está cheia de vídeos gravados em celular com estudantes brigando com professores. Será que é possível transformar o telefone de inimigo em herói? É essa mudança que o projeto Minha Vida Mobile (MVMob) vem realizando desde 2008. Como? Fazendo do celular uma ferramenta cultural e pedagógica.

É simples. Disciplinas como Ciências, História, Matemática e Informática podem virar trabalhos escolares na forma de vídeos, animações, áudios e fotografias. Tudo com o celular. O MVMob promove um concurso cultural em que os autores dos melhores trabalhos feitos com tecnologias móveis concorrem a prêmios como equipamentos para a produção de novos conteúdos. A premiação acontece semestralmente, ao final do primeiro e do segundo semestre de cada ano.

Além disso, a equipe do MVMob realiza, em escolas públicas e particulares, oficinas de técnicas de gravação em vídeo e áudio, fotografia e produção de notícias. De agosto de 2008 a agosto de 2009, o MVMob fez 14 oficinas em dez cidades de Minas Gerais. Nesse período, houve 435 cadastros na webcomunidade do projeto, mais de 200 vídeos, 400 fotografias e 100 peças de áudio publicadas. A capital paulista e cidades do interior de São Paulo também já receberam o grupo. O coordenador Wagner Merije explica que o MVMob é destinado tanto a estudantes quanto a educadores. "Buscamos promover a convergência da cultura com a tecnologia e a educação. O projeto integra o conceito de mobilidade à transmissão de conhecimentos e incentiva a produção de audiovisual no ambiente escolar", diz.

Inovação

Levando em conta que a escola é o local onde se descobre e se fomenta o conhecimento, nada mais estimulante que explorar alternativas inovadoras em associação com o processo educativo. Segundo Wagner, a proposta de aliar o celular nesse contexto traz vários benefícios. "Trabalhar com a tecnologia e as novas mídias pode oxigenar o dia-a-dia das escolas, motivar e envolver os alunos, bem como criar condições para que eles invistam nessa área como perspectiva de carreira, já que novas profissões têm surgido no mundo digital", afirma. Dessa forma, é atribuída uma resignificação ao aparelho telefônico móvel e, assim, ele pode passar a ser um aliado dentro dos colégios.

Os alunos têm liberdade para fazer trabalhos sobre os temas de seu interesse. A partir das oficinas do MVMob, eles desenvolvem junto com os professores os assuntos e formas de abordagem que desejam explorar. Um grupo produziu vídeos sobre meio ambiente, outro fez fotos tratando de dependência de drogas, outro pegou o conhecimento adquirido nas aulas de História e fez ilustrações sobre nazismo e ditadura. Há também os que fazem uma apresentação de tomada única, numa linguagem de teatro.

Para a assessora pedagógica Roberta Scatolini, o MVMob permite que a comunidade escolar debata tópicos polêmicos, mas obrigatórios no currículo. Entre eles, por exemplo, a orientação afetivo-sexual e a diversidade étnico-racial. "Em O amor não tem limites, os estudantes fizeram um vídeo sobre uma relação entre duas garotas e abordaram o conflito que isso causa no grupo que elas pertecem. Já em Racismo, os estudantes propõem uma série de perguntas sobre o tema - o que pode servir de material para o espaço educativo". De acordo com Roberta, é bem mais atrativo para os alunos um processo de ensino-aprendizagem em que eles são sujeitos. "Ao usar a tecnologia, eles são autores da cultura e da arte e ainda podem subsidiar o debate organizado pelo professor, que deve sempre fazer o plano de aula e levar mais conteúdo para ser problematizado".
(...)


Colegas, conheçam mais do projeto e dêem sua opinião.