terça-feira, 28 de agosto de 2012

Séries que só passam na web


Feitos para o YouTube, seriados independentes começam a ganhar fãs

Por RAFAEL DE PINO - Revista Época -Internet - 03/06/2012

No ano de 2015, o Brasil acaba de ganhar a Copa do Mundo em casa e vive um novo milagre econômico à custa do petróleo do pré-sal. O resto do mundo está numa crise aguda, e o Brasil sofre um ataque terrorista. Com esse pano de fundo se passa a série ApocalipZe, produzida para a internet e filmada em Belo Horizonte, Minas Gerais. Os efeitos especiais da produtora mineira Guerrilha Filmes são profissionais e quase improváveis para um orçamento de apenas R$ 134 mil para os cinco capítulos da primeira temporada.

ApocalipZe não dá dinheiro nem alcança o grande público. Qualquer vídeo de bichinhos fofos recebe mais cliques que a primeira temporada inteira da série. Mas agradou à crítica. Foi escolhida para ser exibida no Marseille Web Fest, na França, um dos principais festivais dedicados a webséries. No mesmo festival, a websérie Heróis, também realizada pela produtora mineira, foi uma das 23 escolhidas do mundo inteiro para a mostra competitiva, um feito inédito para produções do gênero do Brasil.

As primeiras webséries brasileiras foram produzidas em 2009. Uma das pioneiras foi 2012 onda zero, uma história de fantasia cheia de efeitos especiais produzida pelo carioca Flávio Langoni. “Fizemos com o dinheiro de uma parceria para testar um sistema de TV digital”, afirma Langoni. Cada um dos quatro episódios custou R$ 90 mil. Serviram para mostrar que era possível produzir conteú­do assim. “Acabamos sofrendo com a concorrência desleal. Negociamos com um canal de TV, e eles desistiram. Pior, levaram nossa protagonista”, diz. A websérie 2012 onda zero foi a inspiração inicial do mineiro Guto Aeraphe, criador de Heróis e ApocalipZe. “Quando vi a produção, incomum para os padrões da época, comecei a cultivar a ideia”, afirma Aeraphe.

O primeiro sucesso brasileiro do gênero foi Lado Nix, a história de uma balconista de loja de quadrinhos apaixonada por filmes, games e quadrinhos dos anos 1980. A ideia é do diretor e roteirista Paulo Mavu e virou referência para quem pretende produzir webséries no Brasil. Custou R$ 85 mil e foi veiculada entre outubro e dezembro do ano passado. Recebeu 850 mil acessos. “Fizemos sem nenhum incentivo, com dinheiro da própria produtora”, afirma Mavu. O retorno foi a visibilidade para sua produtora, a Mambo Jack. “Muitos clientes novos ficaram impressionados com o resultado e voltaram, principalmente com a pós-produção, nossa especialidade. E novos clientes apareceram.”

Nos Estados Unidos, onde o gênero já se consagrou, as webséries são exibidas em plataformas on-line como o Hulu e a Netflix, vendidas no iTunes ou na rede do console de games Xbox. O maior sucesso é The guild, lançada em 2007, sobre um grupo de amigos apaixonados por games. Só no YouTube houve mais de 69 milhões de acessos, e a série está em sua quinta temporada. No Brasil, o YouTube, gratuito, é quase o único meio de exibição. A promoção fica a cargo do boca a boca e das redes sociais. O grupo mais ativo de produtores é o 8KA, com quatro títulos no YouTube, entre eles a comédia adolescente Armadilha. O canal do grupo tem 1,3 milhão de acessos.

Com a banda larga popularizada e a migração da audiência da televisão para a internet, o público das webséries deverá aumentar rapidamente. Ao contrário dos filmes e seriados convencionais, os episódios normalmente não duram mais de dez minutos. A edição é ágil, para prender a atenção do espectador e evitar que ele clique em algum link. Os planos são mais fechados nos personagens, uma adaptação ao tamanho das telas do monitor e dos celulares. Essa estética, que consagrou as webséries americanas, é repetida nas nacionais. Se o modelo der certo, as produções independentes se tornarão referência.

Prezadas e Prezados, dêem sua opinião sobre a notícia, mas também não se esqueçam de fazer o contraditório.
 
 

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Trabalho Audiovisual I: Telereportagem

 
Prezadas e Prezados, 

Conforme conversamos, segue as orientações para o primeiro trabalho audiovisual: 

1) Organizar um Grupo de 4 colegas

2) Pré-Produção: Criar e produzir uma pauta para uma reportagem real sobre qualquer temática. No Material Didático tem modelo de pauta vazia, mas também uma completa para servir de referência. E também uma pequena e legal apostila sobre a confecção de pautas escrita pela Profa. Tatiana Carvalho. 

3) Produção*: Produzir a reportagem com os elementos clássicos: off, sonoras, passagem(ns). 

4) Pós-Produção*: Editar a reportagem. Ela deverá estar pronta impreterivelmente às 11h15min do dia 04/09. Postar na internet e informar o link para o professor. 

*No dia 04/09, as aulas estão reservadas para produção e pós-produção. O trabalho pode ser entregue depois, mas será descontado pontos do valor total (10 pts.)