terça-feira, 13 de março de 2012

Emoções intensas no sofá

Impulsionado por novas séries, o drama se consagra como o gênero mais popular dos Estados Unidos

Por Marcelo Bernardes, de Nova York - Revista Época - Ed. 721 - 12/03/2012

Na luta das séries de televisão para manter o espectador em casa, longe das poltronas do cinema, o drama era a última barreira a vencer. No campo da comédia, o domínio já é antigo: I love Lucy e Jeannie é um gênio garantiram risadas nos anos 1950 e 1960, respectivamente. Seinfeld e Friends renovaram o gênero mais recentemente. Lost e 24 horas provaram que o suspense também pode ser mais empolgante na televisão. Só faltava o drama. Depois do sucesso de séries como A família Soprano e Mad Men, ficou claro que não falta mais. Essas séries levaram a televisão ao triunfo definitivo. Em 2011, os críticos disseram que o melhor drama do ano não foi um filme, mas a minissérie Mildred Pierce, estrelada pela atriz Kate Winslet e produzida pela HBO. Neste ano, com a migração de roteiristas, diretores e atores do cinema, os dramas de qualidade se tornaram frequentes. 

Mesmo o canal educativo americano – o PBS, ou Public Broadcasting Service – amealha, desde 2011, um público impressionante para a minissérie inglesa Downton Abbey, sobre as diferenças sociais entre uma família aristocrata inglesa e seus empregados (a série estreará no Brasil em 19 de maio pela Globo HD). Abandonados por Hollywood, Dustin Hoffman e Nick Nolte experimentam a volta ao sucesso com a atual série Luck, sobre os bastidores de corrida de cavalos, que o cineasta Michael Mann produziu para a rede HBO. A produção mais aguardada do ano ficou a cargo da empoeirada NBC. Sem emplacar um seriado de sucesso por quase uma década, a rede deu ao lançamento da série Smash, no mês passado, nos Estados Unidos, um tratamento digno das grandes estreias de Hollywood. Nenhuma frota de ônibus ou táxi das principais cidades americanas deixou de ter anúncios de promoção de Smash afixados em suas laterais – ou, no caso dos táxis, em displays iluminados no teto dos veículos. Nas emissoras concorrentes, houve anúncios pagos com pequenos trailers do programa. Para celebrar a estreia oficial da série, o Museu Metropolitan, em Nova York, foi fechado para uma grande festa. A série vai estrear no Brasil em 26 de março.

O alvoroço em torno de Smash não é gratuito. Somente o primeiro episódio custou US$ 75 milhões (uns R$ 133 milhões), mais caro que um filme de Woody Allen ou dos irmãos Ethan e Joel Coen. Especula-se que os gastos com divulgação tenham chegado a US$ 22 milhões. Quando a fanfarra promocional deu lugar à estreia, Smash revelou-se um delicioso dramalhão: bem produzido, sem medo de ser kitsch e com inúmeras referências à cultura pop americana, especialmente para aqueles que acompanham o mundo das produções da Broadway. Aos poucos, o drama de egos dos produtores, dramaturgos e diretores – e a vontade de coristas curvilíneas de ver seu nome na marquise dos teatros – vai caindo no gosto dos telespectadores. Isso explica o salto na audiência do programa, de 2,7 milhões de espectadores, em seu episódio de estreia, para os 8 milhões que sintonizaram o quinto capítulo da série, exibido nos Estados Unidos no dia 5 de março.

Com a produção executiva de Steven Spielberg, Smash retrata uma dupla de compositores letristas de sucesso da Broadway (interpretados pelos atores Debra Messing e Christian Borle) que decide se juntar mais uma vez para criar um musical. O tema escolhido é a vida da mais famosa estrela feminina de Hollywood. Duas ambiciosas coristas disputam o papel de Marilyn Monroe. Uma delas, Ivy Lynn (Megan Hilty), é uma atriz em busca de um papel suculento. A outra é Karen Cartwright, uma interiorana ingênua de Iowa, interpretada pela cantora Katharine McPhee, segundo lugar no programa American idol. Ambas são seduzidas pelo arrogante diretor Derek Wills (Jack Davenport). O resultado é uma bem-sucedida mistura de temas clássicos do cinema americano, apaixonado por seus bastidores, com séries de sucesso como o musical Glee.

(...) O desempenho dos atores em cenas impensáveis em grandes produções de Hollywood rendeu elogios da crítica. A consagração de Danes e Baccarin, aliada aos elogios recebidos por Dustin Hoffman em Luck e pelo elenco de Smash, mostra que a televisão não roubou apenas os espectadores dos filmes – pegou também os atores e a ousadia criativa.

Prezadas e Prezados, dêem sua opinião sobre a comparação que o artigo faz com o cinema, mas também o que podem levar para a produção das séries que irão produzir para o TIDIR.

 

 

33 comentários:

  1. "Karen Cartwright, uma interiorana ingênua de Iowa". Seria referência à série Bonanza que tinha a família Cartwright como centro das atenções? (quem se importa?)

    Há alguma tempo as séries vem crescendo em valor de produção. Principalmente as da HBO que não devem em nada a qualquer filme de Hollywood. Creio que o motivo da debandada dos profissionais do cinema para as séries, seja a crise no cinema americano (os blockbusters no caso). As produções cada vez mais caras e o faturamento aquém do desejado, salvo algumas exceções (Batman, cof, Harry Porco, Avatar, KÓFI).

    O que levar pro TIDIR? Bom, acredito que essa matéria tenha mostrado que não só de comédia vivem as séries.

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  2. Anderson Caetano Soares14 de março de 2012 às 11:12

    Ficar comparando TV e Cinema até certo ponto pode se tornar algo ridiculo, é como comprar south park e simpsons, ou quem sabe pânico na tv e cqc - são coisas parecidas, mas linguagens diferentes. A forma como assistimos cinema e televisão já os separa radicalmente e as comparações que se podem criar, apesar d serem muitas, são diferentes em algum ponto - e a grande questão é saber realmente ver isso. Quanto ao tidir, o grande problema é esse, as pessoas não estão sabendo visar isso, o que é triste e cria de forma totalmente equivocada usar uma formala para narrar um estilo que de forma alguma se compatibiliza com o mesmo - oras, eu conheço o futuro: vejo séries de tv que tem mais é cara de Curta metragem! Se preparem.

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    1. kkkkkkkkkkkkkkkkk...(quem se importa?)Hehehe...

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    2. Esse comentário era pro Daniel Marques o seu é ,Se preparem! shuahushuahsu...

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  3. Gabriella Gomes Pertence14 de março de 2012 às 18:29

    Apesar de possuirem linguagens e modo de produção diferentes, tanto o cinema quanto os seriados agradam em cheio o público. Temas bem escolhidos, roteiros inteligentes, figurino impecável, personagens que geram identificação com o público, bons profissionais e dinheiro, muito dinheiro para a publicidade: com essa fórmula, as chances de sucesso dos seriados é enorme. Seja pela praticidade de assistir um bom episódio em poucos minutos ou pela comodidade de baixar na internet, é fato que os seriados vieram para ficar, seja de comédia, suspende ou drama.
    Em relação ao TIDIR, é interessante essa liberdade de escolha de gêneros, não ficando preso somente à comédia, além agregar ideias para a produção estudantil.

    Gabriella Gomes Pertence

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  4. É fato que o cinema norte americano é o que sustensa a cultura dos americanos e exporta para o mundo inteiro grandes e luxuosas produções. Porém, com o enorme número de profissionais e a gigante demanda de produções para agradar ao público, estes profissionais passaram a integrar equipes da televisão, sendo que esta passou a investir pessado em sua programação, em vista de que os seus produtos não são mais apenas exibidos nos aparelhos televisores. Dessa maneira, todos crescem em ambas as àreas e aprendem linguagens diferentes e que sempre agradam ao público para o qual trabalham.

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  5. Os seriados em geral tem mais de uma temporada,assim, fica mais fácil aprofundar uma história e/ou desenvolve-la melhor. Em um filme tudo deve ser explicado em duas, três horas no máximo; já um seriado, se pensado ao todo, tem horas e horas para se desenvolver tudo o que quiser, então não vejo por que pensar que ele não sustentaria qualquer genêro cinematográfico, seja ele qual for. Da mesma forma que o cinema atinge a todos os gostos no quesito "gênero", os seriados também já suprem essas necessidades.
    Em relação ao TIDIR, talvez os grupos tenham sempre uma visão de comédia e esqueçam que existem outros gêneros a serem explorados. É também interessante analisar que um produto televisivo (no caso o seriado) pode sim se tornar muito próximo de um produto cinematográfico em relação a estética, conteúdo e outros, ou pode ser até melhor. Talvez criem um certo preconceito com seriados por ser algo televisivo, mas não é por ser televisito que precisa ser superficial ou não trazer uma novidade.

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  6. O cinema e a TV sempre foram vistos com olhos diferentes. Enquanto o primeiro se configurou como um espaço de exibição de grandes obras, de apresentação de grandes atores e estrelas e de gastos exorbitantes, a TV sempre se manteve em seu lugar, um lugar onde a produção ficcional mantinha a sua própria “estética”. Até mesmo os filmes feitos especialmente para a TV traziam características de produtos televisivos e não cinematográficos. Se até então este modelo predominou (com raras exceções), agora o que se vê é uma mudança neste panorama. Principalmente as séries de TV tem nos últimos anos se apropriado do que antes só existia no cinema. Um bom exemplo disso é a série americana produzida por Steven Spielberg e chamada Band of Brothers, que no Brasil recebeu o nome de Irmãos de Guerra. Nesta série, foram utilizados os mesmos recursos que consagraram o filme o Resgate do Soldado Ryan. A série foi um sucesso mundial. Atualmente são várias as séries que trouxeram o cinema para a TV. Encontra-se inclusive pessoas que preferem assistir a elas do que frequentar o cinema. Vale lembrar que podemos assisti-las no conforto de casa. Seguros e sem ter que enfrentar o trânsito caótico (no caso das grandes cidades). Sem falar no fato de que uma narrativa seriada traz atrativos especiais. Ela por exemplo dura um tempo maior e com isso cria uma identificação e afinidade mais efetiva com o seu público (é só se lembrar de Friends ou... Chaves).
    Diante deste cenário, onde as séries crescem e se apropriam dos recursos, modelos e métodos do cinema, nós estudantes não podemos ficar alheios. Hoje, com as tecnologias que permitem grande difusão dos produtos audiovisuais, precisamos saber explorar todo o aparato que temos e(ou) que teremos em mãos. Isso nos faz pensar ainda que apesar de produzir uma série (TIDIR IV), com características de série, podemos e devemos dar a mesma uma estética cinematográfica, que diga-se de passagem é bastante interessante.
    Finalizando, não vejo com maus olhos o advento das séries de TV e a perda de espaço do cinema. Pelo contrário, quem ganha é o espectador. Cabe ao cinema, sobreviver e mudar como tem sobrevivido e mudado ao longo dos anos.
    Vida longa ao cinema, vida longa à TV!

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  7. Luciano Crisostomo do Nascimento15 de março de 2012 às 16:56

    O artigo em questão retrata como os telespectadores tinham uma certa resistência ao gênero dramático apresentado pelas séries de TV e que com o tempo os roteiristas se aprofundaram neste tipo de segmento que rendeu nos últimos tempos grandes audiências e lucratividade para várias emissoras dos Estados Unidos. Não se deve comparar a TV com o Cinema, afinal de contas a espaço para todos os segmentos. Os conflitos apresentados por ambos são fundamentais para a trama, o público está acostumado com gêneros mais comuns como policial, suspense e até mesmo a comédia, mas isso tem mudado muito.Cabe a nós cineastas mudar essa percepção, afinal de contas o drama faz parte do nosso dia a dia e deve ser explorado também no Cinema, o roteiro pode ser desenvolvido através de fatos e circunstâncias compatíveis com os da vida real. Em relação a produção do TIDIR é interessante trabalhar o Drama ,afinal de contas o nosso cotidiano é um conjunto de acontecimentos complicados, difíceis e até tumultuosos e isso pode ser bem explorado. Mostrar acontecimentos que causam dano, sofrimento e dor prende a atenção do telespectador e isso pode render bons resultados.

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  8. Acredito que a migração do pessoal do cinema para as séries, seja mais levado a experimentação, e pela constante fala de seus nomes nos meios mediáticos. Já que as séries podem durar anos. Pode sim ter uma comparação entre as séries e cinema, mas acredito que igualar não é o caso. Da mesma forma que acreditar no fim do cinema por conta das séries, que eu considero uma coisa impossível. Pelo menos enquanto eu estiver vivo. Cada um tem sua leitura e dramaturgia.
    Com relação ao TIDIR, não notei alguma coisa que podesse influenciar nas minhas falas sobre o nosso TIDIR.

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    1. Curti!(Pelo menos enquanto eu estiver vivo)kkkkkkk...

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    2. =]
      Se o filme acabar de forma geral, serei então considerado um ultrapassado. Pq pretendo nunca parar de fazer filme.

      Hehehehe

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  9. A TV adotou o padrão de produção do cinema utilizando técnicas que outrora pertenciam a obras específicas. Já estamos cansados de saber ao que isso se deve. O artigo parece mais uma promoção comercial das próprias séries de TV, isto porque é óbvio que o dinheiro da época de alguns dos filmes citados como comparação, não tem o mesmo valor que o atual gasto pelas novas séries de TV que estão surgindo. Além disso, considerar o "declínio" do cinema americano e não considerar a evolução do cinema em outros lugares do mundo, como o próprio cinema latino, do oriente médio e asiático, é um tanto tendencioso. Será que somos colônia audiovisual dos EUA?

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  10. Independente de ser série ou cinema o que importa é a criatividade. Saber usar os arquétipos e em alguns casos recorrer aos estereótipos. É o que Calabrese(1987) chama de "a estética da repetição",citado no texto "A narrativa seriada" de Arlindo Machado. Desde os primórdios que convivemos com a perda, a saudade, o amor e tantos outros sentimentos que nos alimenta durante a nossa vida. Sendo assim, é só criar um bom roteiro e trabalhar com excelentes profissionais. Como é o caso de Dustin Hoffman ator tarimbado que não precisa só do cinema para mostra seus dotes artísticos. O bacana é transitar em outras mídias e mostrar que o talento está para além do meio em que se está atuando.

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  11. A série, assim como o cinema, nasceu da necessidade de levar às pessoas algo além do entretenimento. Cada qual, em sua linguagem particular, tem o seu lugar. O aumento na produção das séries não resulta, necessariamente, em perda de público do cinema.
    Com origem na literatura (folhetins) e no rádio, a série trouxe um novo conceito para a televisão e para a própria divulgação do cinema, já que muitos utilizam de roteiros de filmes para a elaboração do seriado.
    Assim como no cinema há público para todos os gêneros, no seriado não é diferente. Comédia, drama, suspense, investigação... o gênero, na verdade, pouco importa, a relevância é que cada um possui uma estrutura narrativa diferente, mas não quer dizer que não podem buscar referências uma na outra.
    A série é apenas mais uma forma de expressão, de linguagem e de interatividade do público com o mundo audiovisual.

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  12. Realmente o mercado audiovisual americano é tem um orçamento muito previlegiado tanto para o cinema quanto para as séries mantendo uma briga boa entre os dois. Mas acho que a Tv americana aposta muito nos dia de semana mantendo o espectador sentado vendo TV depois de um dia de trabalho, claro que a tecnologia dos home theathers conta muito mas o prazer da quande telona ainda é paixão para o espectador principalmente em lançamento de filme. Quanto ao TIDIR é difícil de comparar começando pelo orçamento. Conta muito a imaginação e a vontade de acertar e aprender com as limitações que temos.Mas temos muita criatividade basta explorar mais isto.

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  13. É um fato inegável de que a TV está investindo (e pesado) na construção de séries.
    O cinema com todo seu glamour, serviu de inspiração para os estúdios de TV.
    Estúdios esses que cada vez mais tem se preocupado com o fazer estético diferenciado. Talvez tenhamos chegado no momento em que o cinema, precisou vir para a TV.
    Em nosso TIDIR, o CINEMA (com certeza) será nosso maior influente.
    A adoção de sua estética e afins, pode nos proporcionar um olhar diferenciado sobre o produto final, claro, sem esquecer dos princípois que movem e regem a Televisão.
    O cinema não está morrendo, está apenas encontrando outros meios de continuar existindo.

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  14. O problema da TV Brasileira, ao meu ver, é o mesmo problema do Cinema Brasileiro. Faltam bons roteiristas. Pelamordedeus, ninguém merece mais ver os mesmos programas, tratando dos mesmos temas com a diferenciação dos títulos. O que falta para a Televisão no país é parar de investir em propostas vindas de fora e começar a produzir seus prórpios conteúdos, ou então, continuar comprando as idéias de fora mas, parar de "abrasileirar" as coisas, pois o mercado hoje em dia, é exigente. As pessoas não querem mais ter que rir com piadas que remontam a 10, 20 anos atrás, eles querem coisas atuais, piadas contemporâneas, e situações de igual forma atuais, e não mais um poço de dejetos de onde vez ou outra um roteirozinho pra lá de caído surge das cinzas. Se investissem em pesquisa o mesmo esforço que investem em baixaria na televisão, teriamos programas mais elaborados

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  15. Sempre gostei muito de televisão, enquanto apenas estudante acompanhava todas as boas séries, vieram as responsabilidades e ainda não acostumei a baixar filmes de TV ou cinema pela INTERNET. Assim, estou fora do público alvo das séries de TV. Faço parte, atualmente, do público dos filmes de cinema, somente, repito, por pura falta de tempo. Com certeza, quando aposentar, retornarei, com muita sede, a ser freguês das séries, porque as boas lembranças da infância e da adolescência ficam em nosso subconsciente e temos necessidade de retornar aquelas boas experiências. Além do mais, como brasileira fui acostumada a apreciar as boas novelas. No caso da reportagem, fiquei impressionada com os cifrões gastos, mas quem tem dinheiro, como os norte- americanos (que estão em baixa), invistam os seus milhões em séries de TV, certamente estão fazendo isto, porque o retorno financeiro é certo. Busquem os melhores profissionais do cinema, quem sai ganhando é o expectador de televisão. Entretanto, tenho que a comparação das duas mídias cinema e TV, somente é produtiva em termos de aprendizagem de técnicas e recursos utilizados em cada uma ou em estudos de Antropologia e outros. As duas mídias tem o seu lugar, uma não exclui a outra, cada uma tem o seu público, o seu momento, o estado de espírito do expectador. Que o profissional de comunicação escolha a que mais gosta ou que escolha usar e abusar das duas, bem como de todos os meios que esses cientistas e pesquisadores geniais, produtores de arte, venham a inventar. Cinema é cinema, tela grande, fora de casa, escurinho, personagens maiores do que nós mesmos, jantar a luz de vela e televisão é televisão: tela pequena ou mais ou menos, de dentro de casa, íntima, arroz com feijão, o que não a desmerece em nada, uma vez que não vamos ao restaurante todos os dias e adoramos um arroz com feijão bem feito. Para o nosso TIDIR, vamos ver se encontramos algum patrocinador que queira investir alguns trocados para que possamos trazer algum artista, que deve ser do teatro, pois da TV estão na GLOBO, em Hollywood ou nas séries de TV norte-americanas, para representar a nossa série.

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    1. O seu poste é o mais engraçado de todos vc me fez lembrar aquela música da Rita Lee ,No escurinho do cinema chupando drops de anis longe de qualquer problema perto de um final feliz...Jantar a luz de velas kkkkkkkkk...Amei, a analogia !Quanto a Hollywood ,o povo dessa faculdade é radicalmente contra, vc quer é tirar zero é?kkkkkkkkkkk...

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  16. Este comentário foi removido pelo autor.

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  17. Bom, suponhamos que as séries de TV adotem a estética e todas as técnicas cinematográficas, ainda sim, acredito que haverá telespectador que vai optar por, ir ao cinema, assistir um conflito se desenvolvendo totalmente em uma narrativa de uma longa- metragem e não assistir somente narrativas seriadas, mesmo que haja um conflito paralelo ao principal, na série televisiva, que se desenvolva completamente no episódio. Há pessoas que preferem assistir soluções estéticas de filmes para o cinema ,no cinema (respeitando os recursos do ambiente como o tamanho da tela e "o escurinho do cinema" ). Há também aquelas pessoas que continuarão indo ao cinema por entretenimento e ou socialização. Percebesse que, com a evolução tecnológica ocorreram mudanças às quais,eu espero, vamos nos adaptar. No universo audiovisual há espaço para todos os formatos, para inovações, e para fusões dos já existentes. (Para a série que produziremos para o TIDIR, é melhor não inventar muita moda).

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  18. O que eu vejo é que o cinema e as produções televisivas estão trocando informações. Tempos atrás a diferença entre os dois era muito maior, hoje em dia vemos seriados que estão mais para filmes e filmes que mais se parecem seriados, de qualquer forma há quem goste de se deleitar por anos acompanhando uma história e há quem prefira ter um ínicio, meio e fim em algumas horas. Acredito que público sempre haverá tanto para um quanto para outro, assim como alguns diálogos entre ambas. Com relação ao Tidir, gosto da ideia de ser bem esteriotipada, mas como estudantes de cinema não vejo problema em levar um pouco da nossa linguagem para este trabalho.

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  19. Rafael Ferreira - 3102750415 de abril de 2012 às 14:31

    Cada um tem seu publico, e o que cada um faz é estar melhorando cada vez mais, para que possa atrair mais telespectadores, mas cada um tem seu lugar. Essa discurso sempre rende pano pra manga, e nunca terá uma definição de qual é mais atraente, são públicos diferenciados.

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  20. No contexto das culturas híbridas é de se pensar que cinema e televisão não fogem desta lógica contemporânea. Estabelecer negações sem pensar que um processo pode interferir no outro é distanciar das experiências coletivas das sociedades. Individualmente há escolhas a cada um de nós sobre o "seu cinema", "sua tv", "sua arte", cada um pode ter o seu mas assimilar processos sociais e culturais pressupõem aberturas para compreender o que é diferente do seu. A sintese pode resultar de uma relação em que é preciso em determinado momento como um exercício quase antropológico participar um pouco de mundos diferentes do seu.

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  21. A televisão é mais rentável, tem mais circulação e o trabalho é mais dinâmico, ao contrário das produções cinematográficas, acredito que os profissionais do cinema não vem migrando hoje, não é uma tendência, isso já ocorre a tempo, normalmente a televisão rende alguma receita para quem trabalha no cinema. O produção é mais rápida mais efêmera e resultados mais imediatos, acho que essas diferenças são belos atrativos para os profissionais do cinema. Além da televisão estar utilizando uma linguagem mais próxima do cinema e, claro busca mão de obra nesse setor. É um bom negócio para ambas as partes.

    No Tidir, vamos apresentar uma série e temos um certo domínio de elementos do cinema, aplica-los e ser feliz!

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  22. Acredito que produzir uma serie de drama seja um grande desafio, afinal, é difícil pensar em uma serie de drama com, aproximadamente, 20 episódios e que prenda a atenção ao longo dos episódios sem ficar cansativo, exaustivo ou clichê. E também, porque não, como convencer o público que assistir a um drama em casa é tão agradável como no cinema? Acho que a série, quando tem um bom argumento e excelente roteiro, convence justamente no ponto de ser bem mais longa que um filme, assim cada personagem pode ser minuciosamente trabalhado, destrinchado, desenvolvido, para que o telespectador se identifique e se cative por ele, sem aquela pressa existente no cinema, visto que um filme dura, em média, 2 horas.
    Se existe um roteiro bem trabalhado, e uma produção tão rica como no cinema, temos como resultado séries de sucesso como Band of Brothers, Everwood e United States of Tara. Que são séries de drama, de diferentes temas e públicos, mas que marcaram e se consagraram do mesmo modo que um bom filme se consagra.
    Acho que, para o TIDIR, temos que manter em mente a ideia de que para que uma serie agrade, ela deve ter um roteiro bem trabalhado, bem desenvolvido e uma boa produção. Nada deve ser feito com menos zelo só por que é para TV.

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  23. Interessante observar que os seriados de televisão vêem em uma crescente de mercado nos últimos tempos. Com o acesso a internet cada dia mais amplo, pessoas antes acostumadas apenas com a programação disponível na Tv Aberta têm a possibilidade de acesso a todo tipo de entretenimento audiovisual.
    Diferente da linguagem cinematográfica, que promove uma experiência única com início, meio e fim de aproximadamente 90 a 120 minutos, as séries proporcionam um envolvimento prolongado do expectador com os personagens e tramas. Acredito que tanto as séries quanto os filmes terão espaço garantido na vida dos mais diferentes públicos. É interessante observar que diversas séries se tornaram filmes de sucesso de bilheteria como "Sex and the City" e "Star Trek". O caminho inverso também pode ser observado como o Clássico "Super Homem" que teve sua primeira versão em 1978 inspirada nos quadrinhos da Dc Comics e ganhou sua última versão como serie em 2001 com "Smallville".

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  24. Penso que o que hoje o mundo acima da linha do equador chama de seriados, nos pobres mortais chamamos e produzimos com maestria, nossas novelas. Colocando as devidas proporcoes de orcamentos, elenco, direcao e todo o material intelectual que gera tais series, o mundo encontrou a formula da trama continuada. Houve uma grande leva de roteiristas, atores, da velha e nova geracao, e tecnicos atraidos por grandes salarios e exposicao garantida que sairam das cochias dpos teatros e dos grandes sets de filmagens para as series de tv. Grandes estudios perceberam o grande potencial criativo dos novos roteristas assim como uma geracao de telespectadores avidosnpor conteudo de qualidade entrando em suas casa.

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  25. Já ha algum tempo os grandes canais de televisão começaram a investir mais em suas séries, o publico se tornou mais exigente levando os seriados a se aproximarem do cinema. Aquele modelo antigo aonde tudo se passa em um mesmo cenário e a trama era envolta em piadas de "gag" esta perdendo seu publico. O que as pessoas querem ver é seriados com bons roteiros, produções milionárias e atores de grande porte, e o gênero que da mais espaço para esta criação é o drama, seja ele drama-ficção, drama-aventura, etc.

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  26. Acrescentando ao que o Pedro Vasseur falou, o publico quer se preender a boas historias, se identificar com a serie como os filmes ja fazem e largar o drama de novela de lado.

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