terça-feira, 10 de abril de 2012

Vale a pena investir na TV digital aberta interativa

 
Sua rede de grande capilaridade deve tornar-se um braço importante na disseminação dos conteúdos audiovisuais.

Por André Barbosa Filho - Telesíntese - 17.08.2010


É obvio que a internet e as redes sociais vieram para ficar. São conquistas das sociedades humanas, ávidas por se expressar, por participar, por se informar, por se educar e por se divertir. Novas formas de comunicação estão nascendo baseadas no ciberespaço, na integração de plataformas. Os modelos da radiodifusão analógica no formato centralizado, de um para todos, vão aos poucos se transformando com o evento da TV digital interativa, influenciada pela necessidade de responder a ânsia de interação dos indivíduos e grupos sociais.

Entretanto, cabem aí algumas reflexões:

A TV, em países desenvolvidos como Japão, Inglaterra, França, Itália, os escandinavos, Alemanha, Austrália e Estados Unidos tem um espaço significativo da atenção, seja em alguns casos, majoritariamente por assinatura, em outros em modelos abertos e gratuitos. A TV e o cinema são os grandes produtores de conteúdos audiovisuais da indústria cultural. Portanto, determinam padrões e hábitos de consumo.

A TV nos países em desenvolvimento é o meio de maior penetração domiciliar e apresenta-se no formato aberto e gratuito, cenário que coincide com a baixa oferta de infraestrutura de internet de alta velocidade. A TV digital interativa não existe em países que possuem redes de banda larga. Estes já utilizam a interatividade por outros meios. A TV digital nesses países reúne a oferta de modelos de programação onde imperam os conceitos de entretenimento e os espetáculos artísticos, as produções audiovisuais caras e com alto acabamento, as grandes coberturas jornalísticas. Tudo com alta definição e com toda tecnologia que puder somar-se a qualidade de imagem e de som de seus programas

A TV digital proposta pelo Brasil é interativa, quer proporcionar a bidirecionalidade, ou seja, incluir em seu modelo, o canal de retorno para introduzir a possibilidade de interação entre produtores e o público. Estão sendo criados modelos para a publicidade comercial, para compras e acessos bancários, e, especialmente, na oferta de serviços públicos como a marcação de consultas no SUS, pagamento e acompanhamento de impostos, educação à distância em todos níveis e diversos objetivos de formação e capacitação, em apoio a produção cultural audiovisual, nacional, regional e local e ao desenvolvimento da cidadania plena.

A convergência da TV digital com as plataformas IPs vai ser necessária entre outras necessidades para baratear os custos de transmissão de conteúdos locais, para propiciar o intra-fluxo de programação, para utilização como canal de retorno. As TVs por IP vão acontecer socialmente na medida em que a oferta de banda larga, rápida, barata e universal for uma realidade nestes países sem desenvolvimento que somam 4,5 bilhões de pessoas. Mas vão tornar-se hegemônicas quanto à exibição de produções sofisticadas e que respondam a grandes investimentos de produção? Vão poder, a curto prazo, transmitir simultaneamente os sinais em alta definição relativos aos grandes eventos que envolvem bilhões de pessoas como a Copa do Mundo e as Olimpíadas? A lógica industrial deve continuar a ordenar a exibição em mídias seletivas, que atendam o deleite da percepção sensorial humana e garantam a remuneração dos investimentos, numa cadeia que tem como ponto terminal a mídia massiva. E neste contexto estão as salas de cinema a TV a Cabo e a TV Digital Aberta em Alta Definição.

A internet e as redes sociais já são responsáveis pelo aparecimento de miríades de novos produtores e de conteúdos que rapidamente vêm se tornando hits globais. Entretanto, dizer que os trash movies, as produções de garagem, as manifestações individuais por mais espaço que ocupem da atenção do público em geral, vão impor à indústria de conteúdos seus modelos, é um pouco temerário. O que podemos e devemos propor é um ambiente público onde as manifestações do individuo ou de coletivos sejam livres para florescer. Seja através dos espaços em redes sociais, blogs, sites, dos celulares e handsets, mas, igualmente, disputar espaço nas telas maiores, onde os investimentos são mais robustos. Aí, se soma a cobertura em nossos países em desenvolvimento da TV aberta.

A TV digital pública interativa deve respeitar suas características de veículos de radiodifusão. Ela não é IP. É transmitida pelo ar. E isto não a faz velha ou ultrapassada. Ao contrário. Sua rede de grande capilaridade deve tornar-se um braço importante na disseminação dos conteúdos audiovisuais produzidos por agentes nacionais e, de preferência, com temáticas ligadas a nossa identidade cultural. E, portanto, soma-se ao esforço do avanço do PNBL na construção de uma economia da cultura e de uma industrial de conteúdos pujante e com grande aceitação popular. Entretanto, a rede de banda larga, com seus backbones, backhalls e as tecnologias que permitem o acesso final tem características de tráfego de dados e conteúdos audiovisuais diferentes das redes de radiodifusão. Estas não podem prescindir do projeto de retransmissão de sinais nacionais simultâneos por entes afiliados que, por sua vez, devem ser alimentadas regionalmente ou localmente. Assim, podemos afirmar que o mesmo objetivo de propiciar a participação a todos que os querem se comunicar livremente está contemplado, mesmo que através de modelos diversos de transmissão e recepção que evidentemente não se excluem entre si, mas se somam, por sua complementaridade.

Finalmente, todos sabem, o Estado induz as políticas. Estas devem corresponder aos anseios da sociedade. Banda Larga é um desejo legítimo. Vamos, portanto, apoiar as iniciativas nesse sentido. Mas não nos esqueçamos que o único meio de acesso que permite o acesso à informação sem custos diretos para as audiências ainda é a TV aberta e gratuita. Nenhum mais. Vale a pena investir dinheiro público neste projeto? Temos certeza que sim.

Prezadas e Prezados, gostaria de ler a opinião de vocês. É um artigo de 2010. Continua atual? E o que isso impacta no trabalho profissional do audiovisual?

28 comentários:

  1. Gabriella Gomes Pertence10 de abril de 2012 às 13:17

    Ao falar da TV Digital aberta interativa, o texto acima mostra-se bastante atual, pois esse assunto é cada vez mais discutido nas diversas mídias brasileiras. Ao mesmo tempo que trará aos telespectadores maior gama de programação de boa qualidade e gratuita, assim como partipação no que for exibido, enfrentará diversos problemas até sua total adaptação nas casas brasileiras. Começando pela televisão, que para receber o sinal, precisa ser de alta definição (HD) e possuir um decodificador. Será necessário certa adaptação e apoio do Estado para que a TV Digital aberta interativa seja implementada de vez, mas certamente será por uma boa causa.

    Gabriella Gomes Pertence

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  2. Eu acredito que o artigo esteja super atual, embora algumas mudanças tenham ocorrido no decorrer do último ano, pois, em partes, uma boa parte do público continua afastando da maneira rígida como a televisão busca manipular os seus horários e em um outro polo, os meios buscam fisgar o público perdido através de novas atrações, enquanto a total interatividade não atinge a maioria da população através de meios como a Internet e as suas diversas redes sociais. Assim, é muito interessante que exista esse investimento na televisão digiral interativa, para que esse mesmo público e outros futuros possam encontrar nesse meio tão conhecido, uma maneira eficaz de participação frequente, mas, sobretudo, real e que atenda aos seus desejos presentes, sem necessitar de uma longa comunicação e demasiada espera, afastando a sua realidade da vontade de uma grande participação nessas grades de programação. Talvez, por isso, uma boa parte deste público tenha migrado para as telas dos computadores, pois, dessa maneira, muitos dos seus anseios são atendidos imediatamente através dos muitos campos de interação.

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  3. O texto continua sem dúvidas bem atual. Toda essa interatividade que vem sido promovida tende a aumentar e as pessoas buscam cada vez mais pela qualidade dos produtos audiovisuais. Acho que o investimento de dinheiro público é bem vindo e estimula ainda mais a criação de produtos audiovisuais mais locais, com a "realidade" de nossas regiões e permite que o mercado abra, dando novas oportunidades não só a quem já trabalha na área, mas também aos novos profissionais. Estimularia também uma maior valorização da cultura brasileira e traria uma maior apreciação de nós, brasileiros, pelos produtos nacionais.

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  4. Pode-se considerar que a discussão apresentada na matéria é sim atual. As questões que envolvem a TV interativa e gratuita, ainda não estão encerradas (hoje fala-se muito no Ginga). Acredita-se que em nosso imenso país, a TV deve ter o papel democrático de atingir a todos sem distinção de classe, gênero ou qualquer outro fator que possa proporcionar de discriminação (não por acaso o modelo japonês foi o escolhido).
    O que experimentamos nos últimos anos, com o advento da internet foi impressionante. Com ela todos podemos ser produtores de conteúdo. Haja vista a quantidade de blogs, sites e vídeos expostos. A internet ainda é uma terra livre, embora já possamos ver por parte de “forças ocultas”, fortes tentativas de censurá-la.
    No caso da TV, sua interatividade, seu retorno, seria tudo ótimo. Difícil é acreditar que no Brasil possa haver uma abertura da TV para o povo. Em outras palavras, seríamos mais sensatos se acreditássemos que as mesmas figurinhas carimbadas que já controlam a mídia brasileira assumisse, ou melhor, continuasse no controle.
    Neste cenário, o impacto para produtores independentes ainda precisa ser revisto. Leis, investimentos e outros “reforços” são necessários. Caso contrário... Até mais.

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  5. Todas as matérias que tratam de TV Digital e de Interatividade são atuais, pois estamos na expectativa dessa novidade e com inúmeros questionamentos, sobre como ela vai funcionar, como vão se adaptar as indústrias de radiodifusão brasileiras, quais aplicativos ficarão a nossa disposição, o que ela realmente vai modificar na vida do espectador brasileiro, notadamente daquele que nunca teve acesso a INTERNET, que é o caso da maioria do público deste país. É claro que, no mínimo, a TV digital interativa vai diminuir a distância social desse cidadão e lhe dar alguma voz. O autor do artigo foi prudente ao dizer que é temerário apostar que as manifestações individuais, em virtude da interatividade, vão ocupar a atenção do público em geral. Entretanto, como toda boa novidade a TV interativa vai chamar a atenção de uma boa parte do público. O brasileiro é um povo criativo e deve aparecer conteúdos audiovisuais originais. Se não houver algum tipo de boicote dos grandes produtores da mídia, a TV Digital Interativa deve mudar os hábitos dos espectadores e pegar uma fatia do mercado televisivo. Portanto, se existe a possibilidade de diminuição do IBOPE, com a implantação TV Digital Interativa, os produtores que dominam a radiodifusão vão ser praticamente obrigados a melhorar a qualidade de conteúdo, seja informativo, educativo ou de entretenimento, uma vez que quanto a transmissão de qualidade de imagem e som a tv digital vai igualar todos os canais. Por fim, a TV Digital interativa deve aumentar o número de programas, trazer para a TV as empresas bancárias, comerciais etc., com seus aplicativos, e, via de consequência, aumentar a necessidade de profissionais do audiovisual no mercado, a fim de dar conta dessa demanda.

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  6. Sem dúvida esta matéria trata de um assunto que é atual, a televisão digital interativa ainda é muito falada, mas não chegou a todas as casas. O investimentos neste projeto é bem vindo, mas vale pensar que a maioria das redes de televisão estão ligadas com os "poderes políticos", ou seja, por mais que haja uma maior abertura para produções locais, regionais visando a possibilidade de produtores independentes conquistarem seu espaço na Tv, temos que entender que se o brasileiro não se posicionar para ser parte desta nova forma de produção e distribuição, vamos acabar sendo manipulados e teremos o conteúdo que os "grandes" quiserem nos passar, como ainda acontece.

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  7. Reconheço nas falas do texto, que ele foi elaborado a partir de um início que se mostrava promissor baseando-se em um futuro não muito distante. Futuro esse que estamos reconhecendo e se esclarecendo melhor agora. No Brasil o poder da transmissão gratuita do sistema de transmissão aérea é gigantesco, investir nesse sistema é algo que encaro de mais inteligente a se fazer. A interatividade que ira gerar com as pessoas fará que cada vez mais pessoas se atenham a essa nova tecnologia, assim como a banda larga que infelizmente no Brasil, por conta de políticas escrúpulas somos obrigados a gerir um lucro maior para os empresários do que um retorno promissor para os clientes.

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  8. A matéria fala sem dúvidas de um assunto super atual, se tratando de televisão digital onde muitas pessoas ainda não tem acesso nem a imagem de alta definição, sem falar na interatividade que é algo que tem nos trago expectativas sobre como será sua funcionalidade, quais aplicativos serão criados para uso em uma tela grande na sala, diferentemente da privacidade e individualidade do desses aplicativos em tablets e celulares.Uma das vantangens que a TV Digital Interativa pode trazer é a melhora na qualidade dos conteúdos exibidos, pois tendo o poder nas mãos, as chances de perca de IBOPE é ainda maior, o que fará com que as emissoras cada vez mais criem conteúdos que realmente interessem e prendam o público.

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  9. Arivaldo (Diego Oliveira/ator)15 de abril de 2012 às 13:53

    Fernando Pessoa já dizia:"Tudo vale a pena quando a alma não é pequena".Cabe aos cofres públicos se preocuparem um pouco mais com o povo e menos com seus interesses políticos.A tv digital interativa é muito importante para o crescimento do pais;no momento,vivemos o processo de evolução global.Agora,para conseguirmos acompanhar as grandes nações,temos que investir em infraestrutura e tentar,pelo menos,impedir os rombos nos cofres públicos.Mal que assola a população deste país,que atrapalha tantos benefícios para o povo.Deve-se também democratizar mais a informação,muitas pessoas ainda não sabem nem o que significa internet,redes sociais,

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  10. Arivaldo (Diego Oliveira/ator)15 de abril de 2012 às 13:57

    Fernando Pessoa já dizia: "Tudo vale a pena quando a alma não é pequena". Cabe aos cofres públicos se preocuparem um pouco mais com o povo e menos com seus interesses políticos. A TV digital aberta interativa é muito importante para o crescimento do país no momento, vivemos o processo de evolução global. Agora, para conseguirmos acompanhar as grandes nações, temos que investir em infraestrutura e tentar, pelo menos, impedir os rombos nos cofres públicos. Mal que assola a população deste país, que atrapalha tantos benefícios para o povo. Deve-se também democratizar mais a informação, muitas pessoas ainda não têm acesso à internet e em muitos locais não chega nem o sinal analógico. Tudo é possível e viável, desde que, seja para todos.

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  11. A discussão continua atual! Olha a gente aqui falando disso! Assim como os outros meios, citando a internet, poderíamos sim acreditar que as interações propostas com a TV digital no Brasil, fosse mais uma ferramenta tecnológica pde ser articuladora, pode permitir a escolha do que queremos nos informar, bem como o que queremos disseminar quanto produto, quanto conteúdo. Na internet temos várias redes articuladas, no campo das artes e outros conteúdos bacanas, mas estão concentrados à um público específico. O acesso a tecnologia não dá acesso a cultura e educação, o aparelho, a ferramenta apenas não diz nada. É preciso combater o mal pela raiz, é preciso combater a venda de tecnologia desenfreada, é preciso olhar para outros conteúdos que estão sendo produzidos em outros veículos, é preciso que estes conteúdos estejam acessíveis intelectualmente. É preciso!

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  12. Este debate é atualíssimo. Para fazermos algumas afirmações precisaríamos de uma mediação no tempo. Sabemos que ,recentemente, através de fórum representatívo do campo da comunicação, os próprios agentes atuantes deste meio puderam finalmente colocar suas premissas e questionar a hegemonia de grupos dominantes da comunicação deste país. Isto se deve em parte, pelo fato, de que este processo de democratização das mídas pressionam mudanças e estas podem significar a perda do total controle destes grupos minoritários. Qualificar e ampliar o conceito de TV Pública tornasse relevante já que é importante compreender que somos no limite da cidadania responsáveis pela mesma.

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  13. Rafael Ferreira - 3102750415 de abril de 2012 às 16:30

    Tema super atual,pois a TV digital ainda está engatinhando no Brasil. Como a maioria da população não tem acesso a internet banda larga com qualidade consideravelmente boa para lhe proporcionar interação completa, com a Tv digital chegando as casas da população de baixa renda e sua expectativa é que em todo o país até 2016 tenha o sinal, todos seram beneficiados.

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  14. Elizangela C S Silva - Estudante UNA15 de abril de 2012 às 16:55

    O assunto tv digital aberta interativa no Brasil não é atual, atual são as resoluções discutidas para que isto venha a ser um dia realidade, ou seja a cada movimento dado é uma atualização o idéia principal em si é antiga e uma vergonha por estar até hoje no papel conforme passado por nossa professora de ACM por motivos de interesse privado da televisão aberta brasileira. Estamos sempre engatinhando atrás dos países do primeiro mundo mesmo agora com esta crise mundial onde se fala que estamos nos destacando. Quanto ao audiovisual, ainda fica difícil de opnar pelo menos na minha visão pois não sei como serão estes aplicativos, interativos, que poder será dado a estas concessões e que interatividade é esta. Para mim ainda é uma icognita em termos de Brasil, não é uma visão pesimista, mas somos um país que não investe no audiovisual tão bem no meio privado, então penso eu que o meio do audiovisual tem que ficar de olho bem aberto na legislação da tv digital interativa não só como profissional mas como público também. Isto pode ser uma porta para grandes projetos para o audiovisual ou um grande mercado livre para o setor privado.

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  15. O texto continua atual, na verdade, um dos assuntos mais atuais hoje, relacionados à TV, é a TV Digital. O Brasil está começando a introduzir essa nova tecnologia, as TVs já estão sendo vendidas com o conversor embutido, o governo já está desenvolvendo programas de interatividade da TV digital para facilitar a vida dos brasileiros, o assunto já está sendo lançado para o povo. E mais, em um país onde a maioria da população tem um aparelho de TV dentro de casa, mas nunca acessou a internet, quanto mais banda larga, o desenvolvimento de uma TV digital interativa é uma quase ideia perfeita.

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  16. Se tratando de tv via ip ou qualquer outro tipo de conteudo gerado para suportes via banda larga tenho a certeza q sempre estaremos limitados. Digo isso nao por questoes de conteudo, pelo contrario; somos muito bons em gerarmos conteudos. Somos defazados quanto ao servicos de banda larga prestados. Enm quanto as fornecedoras de sinal banda larga forem obrigadas a fornecerem apenas 30% da velocidade contratada, estaremos fadados a gerarmos apenas pequenas porcentagens de conteudo.

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  17. No IBGE Kids podemos encontrar em curiosidades os seguintes dados:
    “26/08/2005

    Televisão, Rádio e Geladeira

    Você sabia que a televisão e o rádio são os aparelhos mais encontrados nas casas dos brasileiros? Segundo o Censo 2000, quase 90% das residências têm essas duas utilidades domésticas. Já o número de casas com geladeira ou freezer é um pouco menor. Os aparelhos menos encontrados nas casas brasileiras são ar-condicionado e computador.”
    http://www.ibge.gov.br/7a12/voce_sabia/curiosidades/curiosidade.php?id_curiosidade=38

    Essa posição da televisão na casa dos brasileiros com certeza ainda é o mesmo em relação ao computador. A TV digital aberta, vem justamente com esse propósito de levar aplicativos e interatividade para o maior número de pessoas possíveis. O estranhamento das pessoas, principalmente as mais velhas, com o computador ainda é uma realidade no nosso país.
    A discussão da TV digital já vem desde muito tempo e agora está ainda mais forte. O post trata de um assunto atual e que ainda vai dar muito que falar, tanto nas produtoras, quanto do público, dos fabricantes de TV, das TV's à cabo....
    A Tati comentou em sala de aula que tem uma lei sendo elaborada que vai estipular uma porcentagem de programação nacional obrigatória. Isso vai abrir muito o mercado que será diverso, com produções precárias e outras com valores altos. Agora não basta ter somente qualidade em produções, as transmissoras e fornecedoras também deverão se adequar à demanda.

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  18. Luciano Crisostomo do Nascimento26 de abril de 2012 às 14:30

    Com certeza o texto é atual,apesar de não levar muita fé nesse negócio de interatividade da TV digital no Brasil. É só comparar a parte da população que tem TV com a parte que tem banda larga (pelo que sei as coisas realmente interativas precisam de comunicação com a emissora.Quem tem banda larga é porque tem computador, e por mais interativa que seja a programação nunca vai superar o Google e o site das próprias emissoras.A TV Digital é muito bem vinda, agora a programação interativa ainda vai ter de comer muito feijão com arroz se quiser convencer o povo a pagar mais pra comprar uma TV ou conversor com suporte.

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  19. Apesar de seus pontos positivos para o universo audiovisual, existe muito mais para se explorar. A TV digital tem o modelo semelhante à TV comum, e em uma época onde as mídias estão se comunicando, a TV ficou isolada. Sem considerar o entretenimento falta multiplicidade e flexibilidade de acesso aos conteúdos. Ela não faz o intercambio entre diferentes gadgets e nem satisfaz a pluralidade de conteúdos digitais como o ipod, por exemplo. Lendo a respeito da TV digital, encontrei considerações dignas de serem citadas:
    " Neste contexto, a principal vantagem do sistema de TV Digital brasileiro, que é a interatividade e a linguagem Ginga, se perde por completo, porque exerce um papel secundário e menor. Os Set-top boxes que deveriam ser o centro do entretenimento digital nas casas, ficam restritos à função de apenas garantir uma recepção limpa e de melhor qualidade da mesma programação a qual os espectadores já estão acostumados. Isso pelo mesmo preço a que se paga por um produto com mais funções e importado como o AppleTV.
    Acontece que o público atual não quer mais qualidade para as mesmas novelas as quais estão acostumados a ver durante décadas. Este público, que é capaz de comprar DVDs piratas em camelôs, filmados com câmeras amadoras em salas de cinema, não se importa mais tanto com qualidade, do que se importa com variedade e quantidade. Portanto, a TV Digital não agrega valor às necessidades atuais dos espectadores."

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  20. A T.V. digital brasileira ainda esta nascendo, eu acho que ainda é cedo para apostar nela, por exemplo, eu acho que a T.V. tradicional ainda tem muito o que aprender, se desapegar dos modelos de programas que estão no ar a 30 anos, novelas, programas de auditórios, etc.

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  21. A temática do texto é atual, o assunto abordado nem tanto. Falar de tv interativa digital no brasil de hoje, ainda nao é, de fato sinonimo de progresso ou de avanços para o país. Pelo contrário, no Brasil de hoje onde a internet ainda é extremamente lenta e atende uma pequena parte da populaçao, pensar em otimizar isso antes de dar um outro passo tao grande é fundamental. o Brasil quer competir em pé de igualdade com países como Estados Unidos e japao, que possuem internet banda larga de 1gb de velocidade, enquanto a mais veloz do país nao passa de 100mb. Isso, e outros aspectos torna inviável pensar em TV digital interativa, uma vez que os outros setores de interaçao estao ainda tao precários, logo podemos prever uma série de problemas quando a tv digital estiver funcionando de fato. Primeiro deveríamos otimizar o que temos antes de tentarmos expandir o que nao temos.

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  22. Nao adianta desenvolver e distribuir grandes tecnologias inovadoras em um país com tanta desigualdade social como o Brasil. Tambem nao pode comparar essas tecnologias, como a tv digital com a praticada no Japao, pois lá tem toda uma cultura aplicada diferentemente controlada pelo governo. No Brasil temos nas grandes capitais concentracao dessas tecnologias que tambem pouco da polulacao iriam desfrutar, enquanto no interior dos estados, onde nem mesmo ficariam sabendo que estas tecnologias existem, é a que mais iria fazer falta a populacao. Exemplo: Nao adianta ter uma tv digital em Belo Horizonte onde se é possivel fazer consulta pelo SUS, onde a populacao nao tem costume de utilizar devido a precariedade do SUS na capital. Enquanto em Jacinto, um interior de cidade que a populacao depende somente do SUS essa tecnologia nao chegará em menos de 2 anos.

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  23. Sim, o post continua atual.
    Mas como disse o Ricardo acima, investir pesado em tecnologia num país que não possui sequer um sistema de saúde funcional é algo complicado.
    As vezes é possível perceber que em algum momento invertemos nossas prioridades, prezando o "supérfluo" e esquecendo o essencial.
    Creio que a longo prazo, a TV interativa funcionará, mas por enquanto não.

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  24. Luciana Beck de Brito2 de julho de 2012 às 20:25

    A temática da TV Digital Aberta Interativa é, sem sombra de dúvida, uma questão que se mantêm concatenada com o momento atual, tanto pelo aspecto dos desafios tecnológicos que a ela são inerentes, quanto pela problemática sócio cultural que a envolve. A questão tecnológica nos leva a avaliar o impacto financeiro que tal investimento irá gerar em todos os segmentos da cadeia, desde o poder publico até o usuário final. Questões como a destinação de recursos do orçamento publico para projetos dessa natureza, demandam uma discussão profunda da sociedade e do governo, frente a realidade de um pais em desenvolvimento como o nosso, que ainda demonstra carências significativas nos seus serviços essenciais. Por outro lado, como beneficio a esse investimento, tal ação poderá vir a gerar ganhos sociais importantíssimos e incalculáveis, considerando a riqueza que poderá advir da aberta de um canal tão importante de expressão da população, que poderá ser, alem de um difusor cultural, um grande gerador de riquezas pelo incremento de toda cadeia produtiva envolvida na geração de material para a TV Interativa.

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  27. A TV digital , uma faca de dois gumes, podemos aproveitar toda a interatividade que ela nos proporciona, com isso, vamos opinar no que queremos ver na telinha ajudando até na melhora do padrão da qualidade dos produtos midiáticos ou podemos ser mais uma vez vitimas do mercado capitalista e a TV digital será um instrumento para o mapeamento das preferências de consumo da população e os grandes grupos empresariais vão usa-lá como isca para peixe... Acredito que vamos ganhar em "qualidade" e em direito de escolha ,SIM! ,mas vou usar uma filosofia dos cassinos para expressar uma sincera opinião a cerca desse assunto "A casa sempre vence".

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  28. Mas é claro, sem sobre de duvida. Afinal não sou um conspiracionista burro que acha q o capitalismo e meia duzia de engravatados estão dominando o mundo pq tem gente q gosta de dinheiro e quer te vender um sapato! kkkk Enfim, falando sério, eu acho tudo muito valido, mas a questão é a demanda, afinal, os lares brasileiros vão de fato receber isso? TV de tubo ainda existe, tem gente cursando Cinema q não sabia sobre o assunto até esse semestre... a idéia é muito boa, mas precisa ser bem aplicada, ser difundida pra dar certo, sem isso, longe de ter exito.

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