terça-feira, 3 de maio de 2011

FICTV Mais Cultura

Minisséries contempladas pelo edital representam marco para a teledramaturgia em tevê pública

De Narla Aguiar - Ascom SAv/MinC - Edição: Marcelo Carota, Ascom SAv/MinC - 31/03/2011

Foi em um auditório lotado com quase 300 pessoas que aconteceu a cerimônia de encerramento do programa FICTV/Mais Cultura, realizado nesta quarta-feira, 30 de março, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo. Durante o evento, as três minisséries produzidas pelo edital foram apresentadas: “Natália”, “Brilhante Futebol Clube” e “Vida de Estagiário”.

A secretária do Audiovisual do Ministério da Cultura (SAv/MinC), Ana Paula Santana, reportou aos presentes a satisfação que o edital causou na ministra da Cultura, Ana de Hollanda, a quem representou no evento, já que a ministra encontrava-se na cerimônia fúnebre do ex-vice presidente da República, José Alencar. A secretária falou de sua alegria pelo resultado do edital, que acompanhou da concepção ao encerramento, prometendo empenhar-se em sua continuidade, bem como na formulação, em conjunto com o setor, de novos editais que contemplem, com igual êxito, todas as formas de produção para o audiovisual brasileiro.

Mário Borgneth, coordenador do edital, apresentou a cerimônia dizendo o quanto todos aprenderam ao longo dos 30 meses em que o edital foi concebido e produzido. O presidente da Associação Brasileira das Emissoras Públicas, Educativas e Culturais (Abepec), Póla Ribeiro, e a presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Teresa Cruvinel, sinalizaram sua disposição para projetos semelhantes, bem como sua torcida pela continuidade do FICTV.

Os realizadores das três minisséries foram chamados ao palco, individualmente, e, logo após a exibição dos trailers de suas respectivas produções, tiveram a oportunidade de contar aos presentes as suas experiências com o edital.


Os produtores de “Vida de Estagiário” destacaram a importância das oficinas de roteirização para a realização dos projetos. Já os produtores de “Natália” ressaltaram a importância das TVs públicas no edital, que criam janelas de exibição para um formato de produção audiovisual que mescla, com qualidade, cidadania, diversidade cultural e entretenimento.

Os produtores de “Brilhante Futebol Clube” disseram que o edital foi uma experiência única não só para os realizadores, tecnicamente, mas para todos os envolvidos em sua produção. Economicamente, o edital representou um grande ganho para a cidade de Santa Rita do Sapucaí (MG), onde filmaram a minissérie. Durante a produção, aumentou o movimento de hotéis, restaurantes, lavanderias, transporte, e ainda gerou oportunidades profissionais para os mais de 500 habitantes que participaram da produção como figurantes. Estes fatos levaram a secretária Ana Paula Santana e o coordenador Mário Borgneth a destacarem que o edital cumpriu um papel muito positivo não só para a produção audiovisual brasileira, mas também para a Economia da Cultura.

O evento contou, ainda, com a presença da presidente da Sociedade Amigos da Cinemateca (SAC), Dora Mourão, da ex-secretária de Articulação Institucional do Ministério da Cultura (SAI/MinC) – que coordenou o Programa Mais Cultura e viabilizou o edital FICTV -, Silvana Meirelles, dirigentes da Agência Nacional do Cinema (Ancine), entre outros diretores de entidades representativas do audiovisual brasileiro.

As minisséries do FICTV/Mais Cultura são um marco para a teledramaturgia da tevê pública brasileira. Fomentar a teledramaturgia independente e viabilizar a produção de minisséries voltadas para jovens das classes C, D e E, com olhar inovador. Esses são os objetivos do edital que financiou a produção das minisséries, lançado em 2008. “Natália” será a primeira a estrear na TV Brasil, no próximo dia 1º de maio.

Veja aqui reportagem da TV Brasil sobre a cerimônia.

Prezadas e Prezados, como vêem nossa tentativa de TIDIR não está longe do que o mercado está pedindo. Dêem sua opinião e vejam se ainda há algo para acrescentar no seu próprio processo de trabalho.

11 comentários:

  1. A interdisciplinaridade é como a alquimia, mistura-se formatos, conteúdos,linguagens e estéticas para obter a química e a magia ideais para cada tipo de processo. Há sempre o que aprimorar, há sempre novas misturas, é um campo vasto de possibilidades, uma infinidade de feitiços. O TIDIR nos possibilita a experimentação, nos proporciona os ingredientes e o espaço para nossas alquimias audiovisuais.

    Virgínia Moraes disse, o anônimo não disse nada

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  2. Gostei da nossa "tentativa de TIDIR".

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  3. Enfim, acho muito interessante a questão do trabalho interdisciplinar. Confesso que não entendi muito bem a ligação entre a notícia e o TIDIR, mas acho que se refere ao fato da forma como o concursoé realizado, gerando obras diversas sobre temas parecidos. Acho que a série "Vida de Estágiário" parece ser muito interessante e divertida, além de ser uma produção mais simples e com um humor diferenciado (algo que não temos muito no Brasil, exceto algumas tentativas em canais pagos). Sobre o TIDIR, se realmente a proposta funcionasse como deveria, seria algo de grande valia para todos nós, alunos, professores e instituição de ensino. Acho que esse tipo de edital é uma boa forma de incentivar pessoas novas na área, que não conseguem grandes financiamentos.

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  4. Até mesmo depois da explicação do professor em sala de aula este tópico continua confuso para mim.

    Mas em se tratando do TIDIR, que apesar de nem sempre funcionar como deveria, acho que ele é uma boa proposta e devia ser levado mais a sério. Se os alunos dessem a devida importância ao mesmo teriam maior retorno com seu produto, como é o caso dos curtas URBANIJAS (http://vimeo.com/15355447) e Cineastas do Apocalipse .

    URBANIJAS foi um curta produzido no TIDIR do 4º período do curso de cinema da UNA, que entrou pra a 10ª Mostra de Cinema de Tiradentes e Cineastas do Apocalipse que foi produzido no TIDIR do 5º período do curso de cinema da UNA, entrou para CineOP de 2011.

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  5. Tô no mesmo barco que o Thácio, não entendi a relação/ligação entre a notícia com o TIDIR, mas enfim, considero os nossos trabalhos interdisciplinares fundamentais para o nosso crescimento profissional. Nele podemos experenciarmos/vivenciarmos como funciona a produção do audiovisual, entre outros. É o momento de sabermos explorar, aprofundar nossos conhecimentos, tornar a teoria aprendida em sala de aula em prática. Se não fosse o Tidir, tenho certeza que muitos alunos sairiam da faculdade de Cinema e Vídeo sem sequer ter produzido um vídeo. Os Tidir's podem servir no futuro como um portfólio pro aluno, enfim, um projeto interessantíssimo que a faculdade implantou. :)

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  6. ...Mário Borgneth, coordenador do edital, apresentou a cerimônia dizendo o quanto todos aprenderam ao longo dos 30 meses em que o edital foi concebido e produzido...
    como é 30 meses e querem que façamos em 2 perai sei que é na dor e na luta que surgem varias oportunidades mas ae 2 meses para 30 é demais é sem muito apoio tecnico e com parcos recursos da faculdade e gastando do bolso e tendo que pedir (implorar é melhor) para as pessoas as coisas e ficar ouvindo ladainhas de que é dificil mas o mercado é asim, alto cara palida e tem mais uma, estudando e fazendo varios outros produtos praticos e intelectuais, vixe se eu fosse comentar de coração dava pane neste log...
    tirando isto fico feliz que há seres produzindo bem... e bem proximo de nos mineiros, eita P...M.... so!

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  7. O grande problema do TIDIR é o caráter arbitrário: por vezes somos obrigados a realizar um produto sobre temas que não são de nosso interesse, e trabalhamos com equipes que não são nossas preferenciais. Mas o mercado também é assim, e qualquer oportunidade de se realizar um produto audiovisual deve ser considerada com muita estima, são chances que temos para aprender com a prática e colocar nossas idéias em um objeto que transcende nossa existência.

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  8. Pô, bacana demais isso!!! Um trabalho realmente bem feito e fiel ao edital, a proposta, ao investimento e etc. O Capucci podia ver isso, pra ve se aprende kkkkk... Bom em realaçao ao TIDIR, nada realmente proveitoso a dizer...acho a logística errada, como as coisas são feitas, guiadas, o descaso da una com os alunos, com as necessidades dos cursos, a falta de apoio, equipamentos, tempo, propostas, tema e por ai vai...no fim só me faz pensar que é mais um merchan ridiculo para ser exibido no marketing porco da una, chamado expouna! sorry :|

    Paulo Peixoto RA 0610441

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  9. O trabalho interdisciplinar é uma proposta fantástica. Qualquer que seja a área de estudo, a interdisciplinariedade tem ganhado força. A questão é os trabalhos que fazemos como TIDIR, não são interdisciplinares. Ao invés de convergir academia e produção audiovisual, o que valoriza o audiovisual e aumenta as possibilidades do mundo acadêmico, acabamos fazendo um trabalho onde só o audiovisual é importante, reforçando uma separação que definitivamente não é interdisciplinar.


    Vitor Chiodi

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  10. acho que o TIDIR seria muito mais interessante para nós, alunos, se pudéssemos criar com tema livre. claro que devem haver limitações técnicas, afinal, os editais, depois que nos formarmos, nos forçarão a lidar com condições restritas de produção. no entanto, olhando pelo lado da interdisciplinaridade, seria muito mais proveitoso se nós, alunos, encontrássemos o eixo diagonal que une as disciplinas. ao contrário, o que ocorre é que recebemos uma imposição temática que nos deixa relacionar as disciplinas de uma só forma. o que limita a interdisciplinaridade, que podia se dar nos mais diversos aspectos.
    mas acho que vale ressaltar o que às vezes se perde: o produto audiovisual apresentado ao final é o resultado de pesquisas e atividades desenvolvidas que tem o mesmo valor que o próprio produto. no entanto, por vezes, o esforço criativo e a pesquisa parece ser deixada de lado na avaliação, muito mais preocupada com os aspectos técnicos da produção. não que eles não sejam importantes, mas são de igual valor ao que está por trás de todo o produto. se não for assim, não há interdisciplinaridade, de fato.

    mas achei o projeto da fictv bacana demais!

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  11. Sensacional esse trabalho, com certeza o trabalho interdisciplinar é interessante e necessário, oportunidade de fazer e aprender fazendo. Só seria mais fácil e prazeroso produzir um produto umas vez que as disciplinas aplicadas sejam diretamente ligadas com a proposta do TIDIR, disciplinas como: direção de fotografia, direção e Captação, Edição e Mixagem de Som.

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